segunda-feira, 31 de março de 2014

Celebrações pela Canonização de Anchieta

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convoca todas as Igrejas do país para que toquem os sinos, no dia 2 de abril, por ocasião da canonização do beato José de Anchieta.

De acordo com a Rádio Vaticana, a assinatura do Decreto de Canonização de José de Anchieta será amanhã, dia 03, pela manhã.
Em carta, enviada aos bispos, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que será um “gesto de alegria, gratidão e comunhão por estar inscrito entre os santos, o Apóstolo do Brasil”.
Durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá em Aparecida (SP), será celebrada missa em ação de graças pela canonização do beato, no dia 4 de maio, às 8h, no Santuário Nacional de Aparecida.
Celebrações por onde Anchieta passou
O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, convidou o clero da arquidiocese para acolher a canonização com manifestações de “júbilo e ação de graças a Deus”, pedindo que os sinos toquem, todos juntos, às 14h, por cinco minutos, ao menos. No domingo, dia 6, haverá procissão saindo do Pátio do Colégio, às 10h15, em direção à Catedral da Sé, onde será celebrada missa solene às 11h.
Em Salvador (BA), o arcebispo local e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, celebrará uma missa, às 18h, na Catedral Basílica.
Na arquidiocese de Vitória do Espírito Santo (ES) haverá missa na catedral metropolitana, às 18h do dia 2, presidida pelo arcebispo local, dom Luiz Mancilha Vilela. Às 20h, a comunidade Shalom apresenta o musical “Anchieta para todas as tribos”. No domingo, dia 6, duas missas estão marcadas. Às 9h30, na paróquia Beato José de Anchieta, em Serra (ES), e às 16h, no pátio do Santuário de Anchieta (ES).
O arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no dia 2 de abril, às 18h.
Fonte: www.cnbbs2.org.br 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Tempo de conversão

Dediquemos um tempo para nossa oração pessoal e estar mais próximo de Deus

terça-feira, 25 de março de 2014

Anunciação: Eis aqui a serva do Senhor


"O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).

Arquidiocese de São Paulo cria Faculdade de Direito Canônico

A Congregação para a Educação Católica aprovou e erigiu, no dia 26 de fevereiro, a primeira Faculdade de Direito Canônico no Brasil “São Paulo Apóstolo”, na Arquidiocese de São Paulo. A Sé Apostólica elevou, desse modo, o Instituto de Direito Canônico "Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro" à condição de Faculdade Eclesiástica de Direito Canônico, alterando o nome para "São Paulo Apóstolo".

A nova faculdade oferecerá cursos de mestrado e doutorado, como Instituição acadêmica eclesiástica autônoma, e será instalada em solenidade no dia 7 de abril.

A Congregação também aprovou os Estatutos da nova Faculdade, “ad quinquennium”, e nomeou seu Grão-Chanceler, o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer.

Em artigo, o cardeal Odilo Pedro Scherer, afirma que a criação da instituição é “motivo de especial satisfação e ação de graças a Deus”. Para o cardeal, a decisão “abre novos horizontes e possibilidades para a formação qualificada de leigos, sacerdotes, diáconos e religiosos no Direito Eclesiástico, para o serviço do povo de Deus”.

Por meio de um comunicado, o arcebispo agradeceu à direção e aos professores do Instituto de Direito Canônico “Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro” pela elaboração do Projeto. Agradeceu, ainda, à direção da Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, e à Santa Sé por acolher o pedido de elevação do Instituto em Faculdade de Direito Canônico.

Leia o comunicado na íntegra:

Comunicado do Arcebispo de São Paulo

Tenho a honra de comunicar a todos os interessados que a Santa Sé, por Decreto da Congregação para a Educação Católica, de 26 de fevereiro de 2014, assinado pelo Prefeito e pelo Secretário da mesma Congregação, respectivamente, Cardeal Zenon Grocholewski e Arcebispo Vincenzo Zani, erigiu a Faculdade de Direito Canônico “São Paulo Apóstolo”, na Arquidiocese de São Paulo.

Na mesma data, também aprovou “ad experimentum” para 5 anos, os Estatutos da nova Faculdade de Direito Canônico e lhe nomeou Grão-Chanceler o Arcebispo metropolitano de São Paulo.

Desse modo, conforme projeto e pedido anteriormente apresentados à Sé Apostólica, o Instituto de Direito Canônico “Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro”, até agora em função, foi elevado à condição de Faculdade Eclesiástica de Direito Canônico, com a denominação de “São Paulo Apóstolo”, em homenagem ao Apóstolo Missionário e Doutor dos povos.

A Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo será instalada, com solene Ato Acadêmico, no dia 07 de abril de 2014.

A aprovação e criação, em São Paulo, da primeira Faculdade de Direito Canônico é motivo de especial júbilo e ação de graças a Deus. Ao mesmo tempo, esse ato da Sé Apostólica abre novos horizontes para a formação qualificada de leigos, sacerdotes, diáconos e religiosos no Direito Eclesiástico, para o serviço do povo de Deus.

Manifesto meu profundo agradecimento à Direção e aos Professores do Instituto de Direito Canônico “Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro” pelos anos de serviço dedicados ao mesmo Instituto e pela elaboração do Projeto de criação da Faculdade de Direito Canônico, que agora alcançou seu feliz êxito.

Da mesma forma, agradeço à Direção da Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, pelo apoio recebido ao longo dos anos em que o Instituto de Direito Canônico “Padre Dr. Giuseppe Benito Pegoraro” esteve “afiliado” e “agregado” àquela Universidade, bem como pelo incentivo e orientação oferecidos para o encaminhamento do projeto de criação da nova Faculdade.

Agradeço à Santa Sé que, através da Congregação para a Educação Católica, acolheu favoravelmente o pedido de elevação do Instituto em Faculdade de Direito Canônico.

Deus seja louvado! O Apóstolo São Paulo interceda pela nova Instituição eclesiástica, nascida para servir à vida e à missão da Igreja.

São Paulo, 17.03.2014

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo
Grão-Chanceler da Faculdade de Direito Canônico
“São Paulo Apóstolo”

Fonte: http://www.regiaosantana.org.br

segunda-feira, 24 de março de 2014

Canonização de José de Anchieta está próxima

Papa Francisco reconhece significado especial na causa - Anchieta é o "apóstolo do Brasil"

A Canonização está confirmada para o dia 02 de abril 

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer revelou que o papa Francisco reconhece um significado especial na canonização do Beato José de Anchieta. A afirmação foi feita após sua primeira audiência privada com o pontífice, em fevereiro. Um dos temas de destaque do encontro foi justamente o padre jesuíta que, em 1553, chegou ao Brasil como missionário, um dos primeiros enviados por Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. “O padre Anchieta deixa um grande legado missionário para o Brasil. É uma grande alegria para todo o país. Ele é o apóstolo do Brasil”, declarou dom Odilo.

O arcebispo afirma que Anchieta será chamado de santo muito em breve. “Manifestei ao papa o pedido da canonização e tudo indica que esse dia está próximo, mas ainda não temos uma data.” Para dom Odilo, a cidade de São Paulo está muito ligada ao padre Anchieta, um dos seus fundadores. “Sua canonização é um sinal de uma retomada missionária da Igreja de São Paulo.”

Fonte: regiaoipiranga.com.br


O músico responde

A comunidade Recado lançou na sexta-feira, 21 de março, um novo canal para auxiliar, esclarecer e 
responder os músicos católicos sobre as mais diversas questões.

Acompanhe:

À partir de hoje nós teremos esse meio de comunicação, de contato, vamos crescer juntos para o trabalho 

d’O Senhor. Olha que bacana e que interessante essa primeira pergunta que me enviaram:

“Luiz, no grupo de oração a música é importante ou podemos colocá-la em segundo plano?” 

Veja bem, o grupo de oração pode ser diferente em alguns lugares a maneira como é conduzido, mas,
algumas partes são fundamentais, como por exemplo, o grupo de oração precisa ter pregação da palavra de Deus. O grupo de oração precisa ter o uso dos dons e carismas e precisa ter música! 

Você conhece algum grupo de oração que não tem música? Não existe! Não é grupo de oração... foge da identidade da Renovação Carismática Católica. Então, a música não é algo que pode ser usado ou não. A música faz parte da estrutura fundamental do grupo de oração e aliás, ela é responsável por abrir o coração do povo para que a palavra de Deus entre e ali o Senhor possa realizar maravilhas. 

Espero que tenha sido útil pra você! Eu também quero entrar em contato com você pelo meu facebook: Luiz Carvalho e pelo twitter: www.twitter.com/luizrecado 



Um abraço! 

(Link para o vídeo LUIZ CARVALHO - COMUNIDADE RECADO (O Músico Responde 1: https://www.youtube.com/watch?v=p0sWO7bbehw

domingo, 23 de março de 2014

Salvação pela santidade

“Mil vidas eu daria pela salvação de uma única alma!”

Todos os dias, ao acordar, somos chamados a uma vida de santidade. Muitas vezes são detalhes que se contrapõe em tudo com o que queremos ou esperamos para nós. Não é que pra viver a santidade precisemos, obrigatoriamente, nos sacrificar ou fazer de nós o exemplo vivo e rosto do sofrimento. Muito embora a santidade peça seus sacrifícios e, em sua maioria, estes parecem ultrapassar nossos limites é necessário então lembrar que Deus nunca nos dá fardos impossíveis de serem carregados. A busca pela santidade é a maior prova de amor que damos a Cristo e o único meio de senti-Lo mais próximo a nós não apenas em corpo, mas em essência. Essência esta, que precisa de muito mais que um sim de boca ou olhos, aparentemente, centrados no Nele para se manter de pé em seu propósito, mas uma essência que necessita sentir-se missionária, que necessita salvar almas não apenas pela vontade própria, mas pela união da fé, misericórdia de Deus, vontade, força, sangue, suor e lágrimas derramados aos pés do santíssimo sacramento, próprio Jesus entregue a nós.

A exemplo de Santa Teresinha, que tinha como vontade maior ser missionária, mas, enquanto em vida, foi impossibilitada de exercer tal tarefa por ser interna no Carmelo, tomemos a força de oferecer nossas dores a Deus pelas almas que estão pelo mundo e são, de fato, missionárias. Santos no mundo e alvos maiores da misericórdia do Amado. Lembremos sempre a frase dita por nossa baluarte: “Mil vidas eu daria pela salvação de uma única alma!”

Hoje, vivemos as contradições diárias que nos levam a perder o foco em nossos objetivos, distrações que, superficialmente,  não nos fazem mal algum ou sequer nos tornam menores ou desacreditados de nossa fé, mas distrações que verdadeiramente nos deslocam de nossa verdade e nos fazem esquecer o desejo de ser santos.

A santidade é antes de tudo uma decisão e parte do eu se ela será ou não alcançada. Não se pode fazer o outro de fato santo, podemos apenas auxiliá-lo em sua busca não os levando ao pecado ou até evitando que este seja encontrado e revigorá-lo sempre que necessário. Mostrar o Cristo e fazer Suas vontades florescerem e fincam pequenas raízes no coração de alguém e esse é o nosso papel, porém jamais poderemos fazer do outro santo. Assim como a salvação, a santidade é conquistada a partir da vontade individual do ser que sente em si a presença de Deus. Pecadores podem se tornar santos? Sim, sempre sim, desde que parta de seu desejo sê-lo. Ao pecador é direcionada a misericórdia de Deus. Tomemos como exemplo a vida de São Francisco de Assis, antes de sentir em seu coração o desejo de seguir o Cristo, era um homem dado a todos os prazeres ofertados pelo mundo. Era riquíssimo. Fazia festas que duravam semanas, frequentava casas de cortesãs e afundava-se no pecado sempre que podia. Pelos olhos de Cristo fora guiado e de Sua infinita misericórdia foi alvo. Tornou-se santo, exemplo para nós.

Poderíamos ter como exemplo tantos santos, tantos homens comuns e pecadores como nós. Tantas pessoas que, dentro de suas limitações, escolheram viver a vontade de Deus. Vontade esta que não olha seus pecados, que não vê seus limites como fraquezas e que não traz nada que não possa ser levado e elevado às mãos do Bom Deus. Pessoas que diante de todas as suas dificuldades se salvaram e deram suas vidas pelo resgate de tantas almas. Tornaram-se santos por que creram num Deus capaz de tudo e se entregaram por sua missão. Evangelizaram mesmo e até principalmente depois de mortos, continuam evangelizando e salvando almas. Missionários, servos, jovens, pequenos, pecadores, detentores de conhecimento, sábios, destemidos, caridosos, misericordiosos, SANTOS! Sejamos então, instrumentos, sejamos alvos da misericórdia, sejamos fracos, sejamos crentes no Deus vivo e que faz de nós e em nós a Sua vontade pela confiança de que apenas Nele e por Ele é possível. Sejamos firmes, tornemo-nos Santos. Santos ou nada!

 Por: Paloma Marques -  fonte: http://www.comunidaderecado.com 

sábado, 22 de março de 2014

Um presente para o núcleo de seu Grupo de Oração

Um dos espaços privilegiados onde o cumprimento da palavra de Deus acontece é o Grupo de Oração, segundo a obra “Orientações para núcleos de Grupos de Oração da Renovação Carismática Católica do Brasil”. O livro surgiu a partir da observação da Comissão Nacional de Formação, ao perceber que as reuniões de preparação para os Grupos de Oração, (as reuniões de núcleo) em alguns lugares, já não aconteciam ou aconteciam de maneira diversa ao proposto.

O livro tem o objetivo de proporcionar maior unidade entre toda a RCC do Brasil e ajudar na vitalidade de nossos Grupos de Oração, os quais são ricos em diversidade de ministérios, dons e carismas.

Por isso, a formação se torna importante, pois é visando o bom funcionamento dos Grupos de Oração que elas acontecem. De acordo com o coordenador nacional do Ministério de Formação, Vinícius Simões, a RCC do Brasil possui um Processo Formativo bem delineado até se chegar à instância de um Grupo de Oração: “Inicia com a fase querigmática (de primeiro anúncio) - Composta pelo Seminário de Vida no Espírito, Experiência de Oração e Aprofundamento de Dons - Segue-se ao Módulo Básico de Formação e às formações específicas para os diversos ministérios exercidos no âmbito dos Grupos de Oração”.

Desta forma, cuidar dos nossos Grupos de Oração é proporcionar uma boa formação para nossos servos, que, de alguma forma, foram tocados por meio do encontro pessoal com Jesus e os fizeram querer servir. Neste caso, Vinícius coloca que a formação deve aparecer como matéria-prima nas mãos de Deus: “Além do processo interior, a formação nos leva a um processo exterior à medida que é matéria-prima nas mãos de Deus para que Ele possa fazer mais através de nós. A formação nos dá segurança e parresia (ardor missionário, audácia apostólica) impulsionando-nos à missão responsável, ao compromisso efetivo com a Igreja no mundo, ao amor filial e sentimento de pertença a esta Igreja.

Mais informações: http://www.rccbrasil.org.br

sexta-feira, 21 de março de 2014

Líder mais influente do mundo

Papa Francisco é líder mais influente do mundo, diz Revista ‘Fortune’


A revista americana Fortune colocou o papa Francisco na primeira posição na lista das 50 maiores lideranças do mundo divulgada nesta quinta-feira, 21/03.

Em dezembro, o pontífice já havia sido eleito a personalidade do ano pela revista Time.

O novo reconhecimento vem depois de um ano de pontificado, período em que conseguiu “atrair legiões de admiradores não católicos” ao estabelecer uma nova direção na Igreja, destacou a publicação.

Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio 

Apostolado da Oração: Discípulos em Missão

Foto: Vanessa Fonseca
Pe. Joãozinho, scj
João Carlos Almeida – Teólogo e escritor

Em maio de 2007 bispos de todo o nosso imenso continente estiveram no Brasil para a Conferência de Aparecida. Um deles era Dom Jorge Bergóglio, hoje, Papa Francisco. O Documento Final começava com estas inesquecíveis palavras: “Com a luz do Senhor ressuscitado e com a força do Espírito Santo, nós os bispos da América nos reunimos para celebrar a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe (CELAM). Fizemos isso como pastores que querem seguir estimulando a ação evangelizadora da Igreja, chamada a fazer de todos os seus membros discípulos missionários de Cristo, Caminho, Verdade e Vida para que nossos povos tenham vida n’Ele”. A expressão “discípulo missionário” traduziu perfeitamente uma nova fase para o nosso povo. Recebemos muitos missionários nos últimos 500 anos. Agora percebemos que todo cristão tem esta vocação de levar o evangelho a toda criatura. Quem não é missionário descobre que nem mesmo é discípulo. Ser cristão é evangelizar.

Mas de que modo quem participa do “Apostolado da Oração” pode viver esta dimensão do “discípulo missionário”? Indo de casa em casa para anunciar o Reino do Coração de Jesus? Assumindo pastorais em sua paróquia? Participando de movimentos de espiritualidade? Certamente que tudo isso é muito bom mas existe uma forma típica do apóstolo e apóstola da oração assumir sua missão na Igreja: unindo-se espiritualmente à oferta de Cristo ao Pai em favor da salvação da humanidade. É bom lembrar que tudo começou em dezembro de 1844 numa casa de estudos jesuíta, na França. Os estudantes de filosofia e teologia queriam muito dedicar-se a obras de apostolado. Mas eles estudavam em vista do sacerdócio e naquele momento não podiam assumir todas as atividades apostólicas típicas de um ministro ordenado. Diante disso seu orientador espiritual, Pe. Francisco Gautrelet, mostrou-lhes que era possível viver esta dimensão missionária por meio da oração e da oferta de si. Ali surgiu o Apostolado da Oração.

Nos dias 07 a 08 de outubro de 2012 realizou-se em Roma o Sínodo dos Bispos sobre a “Nova Evangelização para a Transmissão da Fé”. Novamente foi um grande momento para refletir como todo cristão pode viver esta dimensão de “discípulo missionário”. Coube ao Papa Francisco, recentemente, reunir as conclusões deste encontro na sua primeira Exortação Apostólica Evangelii gaudium, traduzindo, o Evangelho da Alegria. Se pudéssemos resumir todas as palavras de Francisco em apenas duas diríamos que “para ir é preciso sair”. Para ser missionário não basta “ir” a lugares distantes. É preciso, antes, “sair de si mesmo”. Esta é a atitude de “oferecimento de si”, básica no Apostolado da Oração. Todos os dias renovamos o Ato de Oblação por meio do “oferecimento de si” pelas intenções do Santo Padre. Isto nos impede de ficar em uma espiritualidade intimista e auto-centrada. Não fazemos isso simplesmente como um mero esforço humano. Seria inútil. Unimos a nossa entrega ao oferecimento de Cristo ao Pai. Deste modo até o sofrimento adquire sentido salvífico. É neste sentido que o papa Francisco afirma de maneira muito poética no nº 264 da sua exortação: “Como é doce permanecer diante dum crucifixo ou de joelhos diante do Santíssimo Sacramento, e fazê-lo simplesmente para estar à frente dos seus olhos! Como nos faz bem deixar que Ele volte a tocar a nossa vida e nos envie para comunicar a sua vida nova! [...] A melhor motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor; é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração.”

Não é exatamente isso que fazemos a cada eucaristia, adoração ou prece pessoal no Apostolado da Oração? Viver de modo orante, em comunhão com o Coração de Jesus, no coração do mundo é uma forma intensa e revolucionária de apostolado; é ser discípulo em missão.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho 

Confessar-se: como? por quê?

Por que devo me confessar? 
O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê a ele um coração novo. A conversão é, antes de tudo, uma obra da graça divina, que reconduz nosso coração a Ele: “Converte-nos, a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21). O Senhor nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender o Altíssimo pelo mesmo pecado e de ser separado d'Ele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi transportado por nossos pecados (CIC 1432).

O pecado é uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna; “é uma falha contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” (cf. CIC 1849). Por esse motivo, a conversão traz, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e é isso que o Sacramento da Penitência e da Reconciliação exprime e realiza liturgicamente.

A confissão dos pecados graves e veniais

Cristo instituiu o sacramento da penitência para todos os membros pecadores de Sua Igreja, antes de tudo, para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado grave e, com isso, perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da penitência oferece uma nova possibilidade de se converter e recobrar a graça da justificação (CIC, 1446).

Comete-se um pecado grave quando, mesmo conhecendo a lei de Deus, se pratica uma ação voluntariamente contra as normas prescritas nos dez mandamentos (cf. CIC 1857-1861).

O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia-O de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior.

O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da reconciliação (CIC 1855, 1856).

A declaração dos pecados ao sacerdote constituiu uma parte essencial do sacramento da penitência: “Os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de quem têm consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito secretos e tenham sido cometidos somente contra os dois últimos preceitos do decálogo, pois, às vezes, esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos” (CIC, 1456).

Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez por ano. (cf. CDC, 989; cf. CIC, 1457)

Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a sagrada comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor (cf. CDC, 916; cf. CIC, 1457).

Procurai o Senhor enquanto é possível encontrá-Lo, chamai por Ele, agora que está perto. Que o malvado abandone o mau caminho, que o perverso mude seus planos, cada um se volte para o Senhor, que vai ter compaixão; pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são os meus – oráculo do Senhor. (Is 55,6-8).

“Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (Sl 118,105).

O pecado venial (pecado ou falta leve), mesmo não rompendo a comunhão com Deus, “enfraquece a caridade, traduz uma afeição desordenada pelos bens criados, impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento nos dispõe, pouco a pouco, a cometer o pecado mortal” (CIC, 1863).

Por isso, a Igreja vivamente recomenda a confissão frequente desses pecados cotidianos (CDC 988). A confissão regular dos pecados veniais ajuda-nos a formar nossa consciência, a lutar contra nossas más inclinações, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (cf. LG 40,42; CIC, 1458).

“Mesmo se a Igreja não nos obriga à confissão frequente, a negligência em recorrer a ela é, pelo menos, uma imperfeição e pode tornar-se até um pecado, pois a confissão frequente é o único meio para o cristão evitar o pecado grave” (Sto. Afonso de Liguori, Teol. Mor., VI, 437).

Retirado do livro: Confessar-se: como? por quê?

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 18 de março de 2014

Festa de São José

Dia 19 de Março celebramos a

SOLENIDADE DO

GLORIOSO PATRIARCA

SÃO JOSÉ



Quem quiser participar da Santa Missa, teremos o bolo de São José: Paróquia São José, Rua Cânfora, 60, Jardim Brasília, São Paulo- SP, às 20h.

Eis que o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, dizendo-lhe:

«José, filho de David, não temas receber Maria, tua Esposa, pois o que ela concebeu é obra do 
Espírito Santo.
Ela dará à luz um Filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».(Lc 2,21).

A importância de São José se mede pelo que ele significou para Deus, para Jesus e para Sua Mãe. 

O Mensageiro diz claramente a José:
«Não temas receber Maria, tua Esposa».

«José fez como lhe ordenou o Anjo do Senhor, e recebeu a sua Esposa... O que Ela concebeu é Obra do Espírito Santo».

São José é o patriarca e cabeça da Sagrada Família de Nazaré.

 O “SIM” DE SÃO JOSÉ DEVE SER EXEMPLO PARA NÓS!!!

Reflexão:

De início São José procurou uma solução humana: ... não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo (Lc 2,19b).

Teria sido assim, se Deus mesmo não tivesse interferido nesta questão tão importante para Seu Plano divino de salvação do gênero humano.

Foi assim, portanto, que Deus envia a São José o anjo que esclarece tudo, e, mais importante, revela qual é o papel que Deus confia a ele neste Plano divino:

- São José será o pai adotivo de Jesus. Terá que cumprir o dever paterno de dar um nome à criança.

- São José dará ao menino o nome que Deus, não ele, escolheu: Jesus, isto é, “Salvador”.

- São José saberá por qual motivo Deus lhe dá esta ordem e explicação: “... pois Ele salvará seu Povo de seus pecados”. (Lc 2,21).

Por assim dizer, a salvação da humanidade também deve a São José esta atitude de obediência a Deus. De fato, sabemos o que São José fez:

... Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. (Lc 2,24a).

Não nos passa pela mente a possibilidade de uma desobediência de São José a Deus. Mas esta obediência é que, precisamente, nos mostra a grandeza de São José. Ele era livre para obedecer ou não, assim como eram livres Adão e Eva no paraíso. No entanto, São José obedece, porque ama a Deus, porque é justo, fiel observador da Lei, e, santo. Que fosse santo concluímos pelo fato de ter sido escolhido por Deus para ser o chefe de uma família incomum. Ele ia ser o esposo de Maria Santíssima, e pai adotivo do Santo de Deus, Jesus Cristo.

Meditemos, portanto, na grandeza de São José, em sua santidade, em seu desempenho exemplar como chefe da Sagrada Família.

Em tempo de Quaresma sua santidade nos ilumina: por amor a Deus, como São José, somos movidos a cumprir todos os Mandamentos, a nos converter de nossos pecados, e a passar para um estado de União com Deus naquela paz que só Ele pode dar e que ninguém pode tirar.

Autor da reflexão: Pe. Valdir Marques, SJ


Oração ao patriarca São José

Rezemos ao grande intercessor São José

“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos o vosso patrocínio.
Por esse laço sagrado de caridade, que os uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus conquistou com seu sangue,e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo.
Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; assim como outrora salvastes da morte a vida do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Assim seja.

Oração a São José
“Ó glorioso São José, digno de ser amado, invocado e venerado com especialidade entre todos os santos, pelo primor de vossas virtudes, eminência de vossa glória e poder de vossa intercessão, perante a Santíssima Trindade, perante Jesus Vosso Filho adotivo, e perante Maria, Vossa Santíssima Esposa, minha Mãe terníssima, tomo-vos hoje por meu advogado junto de ambos, por meu protetor e pai, proponho firmemente nunca esquecer-me de Vós, honrar-Vos todos os dias que Deus me conceder e, fazer quanto em mim estiver para inspirar vossa devoção aos que estão sob o meu encargo. Dignai-vos vo-lo peço ó pai do meu coração, conceder-me a vossa especial proteção e admitir-me entre os vossos mais fervorosos servos. Em todas as minhas ações assisti-me, junto de Jesus e Maria favorecei-me, e na hora da morte não me falteis, por piedade. Amém”.

Glorioso São José, rogai por nós!

Sete Dores e Alegrias de São José

Foto: Vanessa Fonseca
Você conhece as sete dores e alegrias do glorioso São José? Aproveite, ainda dá tempo de fazer suas orações e comemorarmos juntos o dia deste grande intercessor que temos diante de Jesus.

Dores e alegrias

Primeira: Ó Esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso São José, assim, como foi grande a amargura de vosso coração na perplexidade de abandonardes a vossa castíssima Esposa, assim foi indizível a vossa alegria quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação. Por esta tristeza e por esta alegria, vos pedimos a graça de consolardes agora e nas extremas dores, a nossa alma, com a alegria de uma vida justa e de uma santa morte, semelhante à vossa, assistidos por Jesus e por Maria. Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Segunda: Ó felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que fostes escolhido para ser o Pai adotivo do Verbo emanado, a tristeza que sentistes ao ver nascer em tanta pobreza o Deus menino, se vos mudou em júbilo celeste ao ouvirdes a Angélica harmonia e ao contemplardes a glória daquela brilhantíssima noite. Por esta tristeza e por esta alegria, vos suplicamos a graça de nos alcançardes que, depois da jornada desta vida, passemos a ouvir os angélicos louvores e a gozar os resplendores de glória celeste. Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Terceira: Ó obedientíssimo executor das divinas Leis, glorioso São José, o sangue preciosíssimo que na Circuncisão derramou o Redentor-Menino vos transpassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento. Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos viver sem pecado, a fim de expirar cheios de júbilo com o nome de Jesus no coração e na boca. Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Quarta: Ó fidelíssimo Santo, que tivestes parte nos mistérios de nossa Redenção, glorioso São José, se a profecia de Simeão a respeito do que Jesus e Maria teriam de padecer, vos causou mortal angústia, também vos encheu de suma alegria pela salvação e gloriosa ressurreição que, igualmente, predisse teria de resultar para inumeráveis almas. Por esta tristeza e por esta alegria, obtende-nos que sejamos do número daqueles que, pelos méritos de Jesus e pela intercessão da SS. Virgem, sua Mãe, têm de ressuscitar gloriosamente. Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

Quinta: Ó vigilantíssimo custódio, íntimo familiar do Filho de Deus encarnado, glorioso São José, quanto sofrestes para alimentar e servir o Filho do Altíssimo, particularmente na fuga com Ele para o Egito. Mas, qual não foi também vossa alegria o por terdes sempre convosco o mesmo Deus e por verdes cair por terra os ídolos egípcios. Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos que, afastando para longe de nós o infernal tirano, especialmente, com a fuga das ocasiões perigosas, sejam extirpados do nosso coração todos os idílios de afetos terrenos e que, inteiramente dedicados ao serviço de Jesus e de Maria, para eles somente vivamos e, na alegria do seu amor, expiremos. Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Sexta: Ó anjo da terra, glorioso São José, que cheio de pasmo vistes o Rei do Céu submisso a vossos mandados, se a vossa consolação, ao reconduzi-lo do Egito, foi turbada pelo temor de Arquelau, contudo, sossegado pelo Anjo, permanecestes alegre em Nazaré com Jesus e Maria. Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos a graça de desterrar do nosso coração todo temor nocivo, de gozar a paz da consciência, de viver seguros com Jesus e Maria e também de morrer assistidos por eles. Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

Sétima: Ó exemplar de toda santidade, glorioso São José, que perdeste, sem culpa vossa, o Menino Jesus, e com grande angústia houvestes de procurá-lo por três dias até que, com sumo júbilo, gozastes do que era vossa vida, achando-o no Templo entre os doutores. Por esta tristeza e por esta alegria, vos suplicamos, com o coração nos lábios, que interponhais o vosso valimento para que nunca se suceda perder a Jesus por culpa grave; mas, se por desgraça o perdermos, com tão grande dor o procuremos que o achemos favorável, especialmente em nossa morte, para passarmos a gozá-la no céu e lá cantarmos convosco suas divinas misericórdias.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória. Rogai por nós, Santíssimo José. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Ó Deus, que por Vossa inefável Providência Vos dignastes escolher o bem-aventurado São José para Esposo de Nossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Assim seja. Amém!

São José, rogai por nós!


sexta-feira, 7 de março de 2014

Dúvidas sobre a Quaresma

Quaresma, tempo de recolhimento e de revisão de vida

Veja aqui a matéria que o Portal Canção Nova publicou com dicas de como viver bem os 40 dias de Quaresma e como escolher uma penitência para esse tempo. Por essa razão, nós fizemos uma enquete no Facebook para que os internautas deixassem suas dúvidas a respeito desse assunto. E convidamos o diácono Renan Félix, missionário da Comunidade Canção Nova, para respondê-las.

O que é a Quaresma? E qual é a melhor atitude que o cristão pode ter, durante esse tempo, para que, realmente, este período tenha sentido em sua vida?

A Quaresma é esse tempo litúrgico que antecipa todo o período da Semana Santa, da Morte e da Ressurreição de Nosso Senhor, do mistério Pascal. Então, é um grande tempo que a Igreja nos dá para que possamos preparar o nosso coração, viver verdadeiramente o tempo da Páscoa.

A Quaresma é um tempo de recolhimento para que possamos rever a nossa vida, rever até que ponto a nossa vida de cristão corresponde àquilo que Nosso Senhor nos pede. Ela serve para analisarmos se estamos verdadeiramente amando Deus sobre todas as coisas ou se outras coisas estão dominando o nosso coração. É um tempo de balanço geral em nossa vida, de pararmos, silenciarmos e refletirmos. É bonito como a Liturgia vai nos levando até isso por meio das leituras, das Missas de cada dia. A Liturgia nos conduz a fazermos essa experiência de rever a vida, de fazer dela uma vida diferente e poder entrar no tempo Pascal desejoso de uma vida nova. 

Não comer carne nem chocolate, não tomar refrigerante e não abusar das mensagens no celular. Mas do que vale tudo isso?

Vale para colocar Deus como o centro da nossa vida. Achei legal falar das mensagens no celular! Quanto tempo temos demorado nas redes sociais e quanto tempo temos nos dedicado a Deus? Coloque isso na ponta do lápis e você verá quem tem ganhado mais espaço na sua vida. Então, se o tempo do Facebook e do Watsapp têm sido maior do que o tempo que você reza, que se dirige a Deus, você vai entender quem está dominando a sua vida. 

Todas as vezes que botamos freio em alguma realidade, principalmente no tempo da Quaresma, é para colocarmos Deus em um centro. Então, o que nós gostamos de comer não nos domina, o que assistimos não nos domina, o que ouvimos não nos domina, porque o nosso amor está todo para Deus. 

Diz a Palavra de Deus que onde está o seu tesouro, ali está o seu coração. Infelizmente, muitas vezes, os nossos tesouros estão enterrados em solos que não são os do coração de Deus. Então, a Quaresma é esse tempo. Por isso vale largar o chocolate, o refrigerante, as mensagens, para poder fazer a experiência de colocar o Senhor como o centro na nossa vida. Vale a pena! Por este motivo, temos de recolocar Deus onde Ele deveria estar na nossa vida. 

Na mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2014, ele fala sobre a miséria material, moral e espiritual. Ele finaliza dizendo: "Não nos esqueçamos de que a verdadeira pobreza doí. Não seria válido um despojamento sem essa dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem doí. 

Nesta Quaresma, como podemos ajudar as pessoas que vivem a miséria material, moral e espiritual? Como seria a caridade nestes três âmbitos? 

A miséria moral é exercer a caridade com uma pessoa que está trilhando um caminho errado, é chamá-la a exercer um pouco da verdade, aconselhá-la e mostrar a ela que existe outra realidade. Por exemplo, se você conhece um amigo da faculdade que está trilhando um caminho de bebida, de alcoolismo, chame-o, gaste do seu tempo com ele para poder instruí-lo e, talvez, tentar tirá-lo dessa realidade de miséria moral. 

A miséria espiritual vai para o mesmo caminho. São pessoas que, às vezes, precisam de uma palavra, de um consolo ou aconselhamento. são pessoas que precisam ser ouvidas, precisam de alguém que se sente e as escute. É uma miséria espiritual, ou seja, ela tem a necessidade de alguém que reze com ela, que a assuma em oração. Nós podemos sanar a miséria espiritual dos nossos irmãos dando-lhes a nossa vida em oração, sentando com eles, rezando por eles. 

A miséria moral e a espiritual estão muito relacionadas ao nosso tempo, à nossa vida. Mas existe a miséria material, sobre a qual o Papa está insistindo. Como a Igreja pensa as práticas da Quaresma: oração, jejum, penitência, caridade e esmola? A oração nos leva para Deus quando nos lançamos para Ele. Quando revemos, na nossa vida, tudo o que está em excesso, aí entra a necessidade de jejum e penitência. Mas se isso parar apenas na nossa vida, e não transbordar na vida do irmão, não tem valor. É aí que entra a caridade e a esmola.

A sintonia é perfeita, porque nós nos lançamos em Deus, avaliamos nossa vida e refazemos o nosso relacionamento com Deus. Refazemos as coisas, refazemos nosso relacionamento com os irmãos, com a caridade que ela pode se dar nesse sentido; de se dar tempo, mas também no sentido concreto material. 

Então, vamos para o exemplo: eu faço uma penitência de não tomar refrigerante, vou pegar essa que é uma bem simples, durante toda a Quaresma, aí você calcula, quanto eu gasto por dia com refrigerante. Ah, eu gasto dez reais de refrigerante por semana, eu transformo aqueles dez reais em esmola para uma família que precisa. 

Este é o sentido da esmola, aquilo que a gente jejua e que gastaria algo, entregamos aos pobres. De ir ao encontro, de fazer um rateio, de chamar outras pessoas. Os seus dez reais, mais os dez reais de outro; porque não faz uma cesta básica para uma família que está passando fome? Então, temos um costume muito egoísta: Ah tá bom, vou ficar sem tomar refrigerante, vai me sobrar dinheiro. Não esse dinheiro não é seu e, sim do outro! É por isso, que a Igreja sempre nos propôs essas três realidades juntas. Porque elas nos lançam nos outros, elas nos lançam na realidade dos outro. Agora, uma realidade que fica fechada no meu relacionamento com Deus e, na minha vida de uma conversão interior e não transborda em amor por outro. 

O Papa Francisco fala muito da cultura do encontro, de ir ao encontro do outro. Ela vai ser uma Quaresma estéril, sem fecundidade, porque ela vai ser igual a um tripé com o pé quebrado, ela não vai ficar de pé. Agora, se eu revejo o meu relacionamento com Deus com oração, revejo o meu relacionamento com as criaturas, com as coisas, com o jejum e com a penitência e revejo o meu relacionamento com meu irmão com a caridade, aí eu me coloco em uma Quaresma concreta. Pode ser alguém que você precise dar perdão, que você precise perdoar, que você precise ir ao encontro. Alguém que você vacilou com ela e, você precisa pedir perdão por este ato que fez. Isso tudo é maneira concreta de viver a caridade e de ir de encontro com essa miséria moral, espiritual ou real que, muitas vezes, as pessoas se encontram. 

Exercícios Quaresmais de conversão:

Oração: A oração é a expressão máxima de nossa fé. Não posso pensar nela como algo que parte somente de mim, pois, quando o homem se põe em oração, a iniciativa é de Deus, que atingiu, com a Sua graça, o coração desse homem. Toda a nossa vida deveria ser uma oração, ou seja, uma comunicação com o divino em nós.

Jejum: Jejuar é abster-se de um pouco de comida ou bebida. É estabelecer o correto relacionamento do homem com a natureza criada. A atitude de liberdade e de respeito, diante do alimento, torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e o possa escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, ideias, pessoas, apegos e assim por diante. Temos mais: jejuar significa fazer espaço em si.

Esmola ou caridade: O que significa a esmola? Dar esmola significa dar de graça, dar sem interesse de receber de volta, sem egoísmo, sem pedir recompensa, mas em atitude de compaixão. Nisso, o homem imita o próprio Deus no mistério da criação, e a Jesus Cristo, no mistério da Redenção.

Celebrar a Eucaristia, no tempo da Quaresma, significa percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe à Igreja e a todos os homens; assumir mais decididamente a obediência filial ao Pai, e o dom de si aos irmãos que constituem o sacrifício espiritual. Assim, renovando os compromissos do nosso batismo, na noite pascal, poderemos “passar” para a Vida Nova de Jesus – Senhor ressuscitado, para a glória do Pai, na unidade do Espírito. 

Para celebrar bem este tempo:

1. O Tempo da Quaresma se estende da Quarta-feira de Cinzas até a Missa, “na Ceia do Senhor” exclusive. Essa Missa vespertina dá início, nos livros litúrgicos, ao Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, o qual tem seu cume na Vigília Pascal e termina com as vésperas do Domingo da Ressurreição. A semana que precede a Páscoa toma o nome de Semana Santa. Ela começa com o Domingo de Ramos; 
2. Os domingos deste tempo se chamam de 1°, 2°, 3°, 4° e 5° Domingo da Quaresma. O 6° domingo toma o nome de “Domingo de Ramos e da Paixão”. Esse domingo tem a precedência, mesmo sobre as festas do Senhor e sobre qualquer solenidade;
3. As solenidades de São José, esposo de Nossa Senhora (19 de março) e da Anunciação do Senhor (25 de março) - como outras possíveis solenidades dos calendários particulares –, antecipam sua celebração para o sábado, caso coincidam com esses domingos; 
4. A liturgia da Quarta-feira de Cinzas abre o tempo da Quaresma. Não se dizem nem se canta o Glória e o Credo na Missa;
5. Aos domingos da Quaresma, não se canta o hino Glória; faz-se, porém, sempre a Profissão de Fé e o Creio. Depois da segunda leitura, não se canta o Aleluia; o versículo, antes do Evangelho, é acompanhado de uma aclamação a Cristo Senhor. Omite-se o Aleluia também nos outros cantos da Missa; 6. A cor litúrgica do Tempo da Quaresma é a roxa; para o 4° domingo (Laetare - Alegria) é permitido o uso da cor rosa. No Domingo de Ramos e na Sexta-feira Santa, a cor das vestes litúrgicas e do celebrante é a vermelha, por tratar-se da Paixão do Senhor;
7. Sugestão: em oração, colha de Deus uma penitência ou mortificação pessoal que você possa viver neste tempo de retiro. Por exemplo: deixar algo que gosta muito de fazer ou de comer, falar menos, diminuir o barulho ao seu redor, assistir menos televisão, reconciliar-se com as pessoas e situações, fazer um bom exame de consciência e confessar-se. Nos dias de jejum, oferecer a quem não tem o que você iria comer e beber etc. 

Autores: Renan Félix e Padre Luizinho


Papa destaca a necessidade da oração de louvor a Deus

Na homilia de terça-feira, 28, Santo Padre destacou que a oração de louvor torna o homem fecundo

A oração de louvor nos faz fecundos. Foi o que disse o Papa Francisco na Missa, desta terça-feira, 28, na Casa Santa Marta. Comentando a dança alegre de Davi para Deus, de que fala a Primeira Leitura do dia, o Santo Padre destacou que, se o homem se fechar na formalidade, a oração se tornará fria e estéril.

A homilia do Papa desenvolveu-se a partir dessa imagem alegre de Davi, que dançava diante do Senhor com todas as suas forças. Francisco disse que a oração de louvor a Deus, às vezes, é deixada de lado, e não acontece tão espontaneamente quanto aquela de pedido, de agradecimento ou de adoração.
E essa oração é para todos os cristãos, disse o Papa, enfatizando que se trata de um momento para louvar a Deus pela sua grandeza. E aos que se dizem incapazes de fazê-lo, Francisco deixou um questionamento.
“Você é capaz de gritar quando o seu time marca um gol, mas não é capaz de cantar os louvores ao Senhor? De sair um pouco do seu comportamento para cantar isso? Louvar a Deus é totalmente gratuito!”.
Segundo o Papa, é necessário rezar, com todo o coração, o que configura até mesmo um ato de justiça, porque Deus é grande. Ele convidou a todos a refletirem sobre como anda sua oração de louvor, se está sendo feita de coração ou da boca para fora.
O Pontífice acrescentou ainda o fato de que a alegria do louvor nos leva à alegria da festa e torna o ser humano fecundo. Em vez disso, quem se fecha na formalidade de uma oração fria termina como Mikal, a filha do rei Saul: esta ficou estéril, por toda a vida, por reprovar a dança alegre de Davi e desprezá-lo por isso.
Na conclusão da homilia, Francisco deixou para reflexão as palavras do Salmo 23: “Levantai-vos, ó portas, os vossos dintéis! Levantai-vos, ó pórticos antigos, para que entre o rei da glória. O Senhor, forte e valente, é o rei da glória!”

Fonte: www.cancaonova.com