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A exemplo de Santa Teresinha, que tinha como vontade maior ser missionária, mas, enquanto em vida, foi impossibilitada de exercer tal tarefa por ser interna no Carmelo, tomemos a força de oferecer nossas dores a Deus pelas almas que estão pelo mundo e são, de fato, missionárias. Santos no mundo e alvos maiores da misericórdia do Amado. Lembremos sempre a frase dita por nossa baluarte: “Mil vidas eu daria pela salvação de uma única alma!”
Hoje, vivemos as contradições diárias que nos levam a perder o foco em nossos objetivos, distrações que, superficialmente, não nos fazem mal algum ou sequer nos tornam menores ou desacreditados de nossa fé, mas distrações que verdadeiramente nos deslocam de nossa verdade e nos fazem esquecer o desejo de ser santos.
A santidade é antes de tudo uma decisão e parte do eu se ela será ou não alcançada. Não se pode fazer o outro de fato santo, podemos apenas auxiliá-lo em sua busca não os levando ao pecado ou até evitando que este seja encontrado e revigorá-lo sempre que necessário. Mostrar o Cristo e fazer Suas vontades florescerem e fincam pequenas raízes no coração de alguém e esse é o nosso papel, porém jamais poderemos fazer do outro santo. Assim como a salvação, a santidade é conquistada a partir da vontade individual do ser que sente em si a presença de Deus. Pecadores podem se tornar santos? Sim, sempre sim, desde que parta de seu desejo sê-lo. Ao pecador é direcionada a misericórdia de Deus. Tomemos como exemplo a vida de São Francisco de Assis, antes de sentir em seu coração o desejo de seguir o Cristo, era um homem dado a todos os prazeres ofertados pelo mundo. Era riquíssimo. Fazia festas que duravam semanas, frequentava casas de cortesãs e afundava-se no pecado sempre que podia. Pelos olhos de Cristo fora guiado e de Sua infinita misericórdia foi alvo. Tornou-se santo, exemplo para nós.
Poderíamos ter como exemplo tantos santos, tantos homens comuns e pecadores como nós. Tantas pessoas que, dentro de suas limitações, escolheram viver a vontade de Deus. Vontade esta que não olha seus pecados, que não vê seus limites como fraquezas e que não traz nada que não possa ser levado e elevado às mãos do Bom Deus. Pessoas que diante de todas as suas dificuldades se salvaram e deram suas vidas pelo resgate de tantas almas. Tornaram-se santos por que creram num Deus capaz de tudo e se entregaram por sua missão. Evangelizaram mesmo e até principalmente depois de mortos, continuam evangelizando e salvando almas. Missionários, servos, jovens, pequenos, pecadores, detentores de conhecimento, sábios, destemidos, caridosos, misericordiosos, SANTOS! Sejamos então, instrumentos, sejamos alvos da misericórdia, sejamos fracos, sejamos crentes no Deus vivo e que faz de nós e em nós a Sua vontade pela confiança de que apenas Nele e por Ele é possível. Sejamos firmes, tornemo-nos Santos. Santos ou nada!
Por: Paloma Marques - fonte: http://www.comunidaderecado.com