sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Semear gratidão

Disse Willian Shakespeare, “A gratidão é o único tesouro dos humildes.”
Benjamim Constant lembra que “a gratidão tem memória curta”.

Ser grato é reconhecer uma boa ação realizada pelo próximo. Ser grato por fazer algo bom a alguém, sem esperar nada em troca.
Gratidão, uma das características mais importantes da fé cristã. Ter um coração agradecido ao Altíssimo por tudo que Ele tem feito aos seus filhos. Esta é uma qualidade de quem crê em Deus.
A gratidão traz junto dela outros sentimentos, tão importantes e, infelizmente, cada vez mais raros de se ver: amor, amizade, fidelidade, compaixão, unidade e muitos outros.

Assim diz o Salmo 91, 2-3:
“É bom rendermos graças ao Senhor,
celebrar o teu nome, Deus Altíssimo;
proclamar de manhã o teu amor,
tua fidelidade noite afora”.
Na primeira carta aos Tessalonicenses podemos conferir a recomendação que nos é dada no capítulo 5, versículo 18. “Em todas as circunstâncias, dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus.”

A sociedade precisa urgentemente de pessoas dispostas a semear este sentimento, gratuito, que só gera emoções positivas e, consequentemente, ações nobres. Podemos começar por um simples, muito obrigado!
O remédio é: uma dose de gratidão diária. Faz bem para a vida, faz bem para a alma.
* 21 de setembro, dia Mundial da Gratidão.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

No perdão está todo o Evangelho

A Praça de São Pedro coloriu-se hoje de guarda-chuvas amarelos, verdes, vermelhos, pretos, dos milhares de pessoas que desafiaram a chuva em Roma para ouvir o Santo padre e rezar com a ele, ao meio dia, a Ave Maria do Angelus; pessoas corajosas como o Padre Brochero, beatificado ontem na Argentina e que saía debaixo da chuva montado na sua mula para ir à casa dos fieis, disse o Papa depois do Angelus…
Mas antes ainda comentou o capitulo XV do Evangelho de São Lucas, que contém as três parábolas da misericórdia: a da ovelha tresmalhada, a da moeda perdida e a do pai e dos dois filhos, o filho pródigo e o filho que se considera justo, santo.
Todas estas parábolas – disse o Papa – falam da alegria de Deus, a alegria de perdoar, a alegria de perdoar, repetiu, dizendo que "nisto está todo o Evangelho, todo o Cristianismo".
E não se trata de sentimento, nem é uma questão de sermos bonzinhos., frisou, esclarecendo que se trata antes pelo contrário de misericórdia...
(…) A misericórdia é a verdadeira força que pode salvar o homem e o mundo do “cancro” que é o pecado, o mal moral, espiritual. Só o amor preenche os vazios, as voragens negativas que o mal abre nos nossos corações e na história. Só o amor pode fazer isto. E esta é a alegria de Deus”

Jesus é todo Ele misericórdia, amor: É Deus feito homem. Cada um de nós é aquela ovelha tresmalhada, aquela moeda perdida; cada um de nós é aquele filho que desperdiçou a própria liberdade, seguindo falso ídolos, miragens de felicidade, e perdeu tudo – prosseguiu o Papa – recordando que Deus não se esquece de nós, não nos abandona…
O Pai não nos abandona nunca. É um pai paciente. Espera sempre por nós. Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E quando voltamos para ele, acolhe-nos como filhos, na sua casa, porque nunca cessa, nem sequer por um instante de nos esperar, com amor. O seu coração põe-se em festa por cada filho que volta. Põe-se em festa porque é alegria. Deus tem esta alegria quando um de nós, pecador, dirige-se a Ele e pede perdão”.
Mas atenção, há um perigo, advertiu o Papa. O perigo de termos a presunção de sermos justos e de julgarmos os outros. De julgarmos mesmo a Deus, que a nosso ver “deveria castigar os pecadores, condená-los à morte, em vez de perdoar, exatamente como o filho maior da parábola que se chateia com o pai por ele ter acolhido com uma festa o filho que regressou.
Se no nosso coração não há a misericórdia de Deus, a alegria do perdão, não estamos em comunhão com Deus mesmo que, mesmo que observemos todos os preceitos, porque é o amor que salva, disse o Papa continuando:
É o amor por Deus e pelo próximo que dá cumprimento a todos os mandamentos. É isto o amor de Deus, a sua alegria, perdoar! Espera-nos sempre! Talvez alguém tenha no seu coração algo que lhe pesa… fiz isto, fiz aquilo… Ele te espera, ele é pai, espera-nos sempre!”
O Papa recordou ainda que se vivermos segundo a lei do “olho por olho, dente por dente”, nunca sairemos da espiral do mal, pois que o maligno é espertalhão e nos ilude de que com a nossa justiça humana podemos salvar-nos, mas na realidade é só a justiça de Deus que nos pode salvar. E a justiça de Deus revelou-se na Cru: a Cruz é o julgamento de Deus sobre cada de nós neste mundo. Ele julga-nos dando a sua vida por nós… Um ato supremo de justiça, de misericórdia… É este o caminho que Jesus nos convida a seguir…
Jesus convida-nos a seguir este caminho: “Sede misericordiosos, como o Pai vosso é misericordioso
O Papa concluiu dirigindo pedindo a todos, a cada um que rezasse em silêncio por uma pessoa com a qual está chateada, não se entende bem…
Pensemos nela em silêncio, neste momento, rezemos por ela e tornemo-nos misericordioso, com essa pessoa…”
O Papa invocou depois Nossa Senhora, rainha da misericórdias por todas essas intenções, rezando o Angelus com os presentes…
Fonte: news.va

Os primeiros seis meses do ‘Papa da misericórdia’

Há seis meses, no dia 13 de março, o Bispo de Roma que veio do “fim do mundo” apareceu na sacada da Praça São Pedro, rezou com toda a praça o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória e pediu, antes de dar a bênção aos homens e mulheres da sua nova diocese e do mundo inteiro, que rezassem primeiro por ele.
A eleição, realizada em um tempo muito curto, assim como a de seu antecessor, foi uma surpresa. Também foi uma surpresa, um mês antes, o anúncio da renúncia de Bento XVI. Há dois elementos que saltam à vista e que ajudam a explicar a atenção e a simpatia que Francisco suscita, inclusive em ambientes “afastados”. Uma atenção e simpatia que não dão mostras de diminuir, apesar das previsões sobre o fim da “lua de mel” midiática feitas pelos que parecem sentir saudades dos tempos recentes da “Igreja sob ataque”.
O primeiro elemento é o testemunho pessoal da mensagem evangélica: pequenos e grandes gestos, as pequenas ou grandes decisões cotidianas, sua capacidade para reunir-se com todos e falar a todos, seu ser simplesmente ele mesmo, tornaram-no não apenas confiável, mas, sobretudo, próximo. O Papa é visto por muitíssimas pessoas em todo o mundo como “um de nós”. Basta recordar o tempo que passa com as pessoas antes e depois das audiências das quartas-feiras para perceber esta proximidade do bispo de Roma, que não tem medo da ternura. Quanto aos demais, as mudanças que houve são evidentes para todos, em sintonia com o inédito nome que o Papa jesuíta escolheu.
O segundo elemento é o magistério nas homilias diárias da missa na capela de Santa Marta. Breves comentários sobre a leitura do dia, que se converteram em um encontro esperado. Uma espécie de “catequese em migalhas” e ao mesmo tempo profunda e capaz de chegar diretamente ao coração das pessoas. Este magistério, definido por alguns como “fervorzinho”, é acompanhado dia após dia pelos crentes, muito mais que as grandes encíclicas ou os grandes debates culturais.
A mensagem mais importante para Francisco, como ele mesmo disse na homilia da missa na paróquia vaticana de Santa Ana, em 17 de março, é o da misericórdia. “Sem a misericórdia – disse aos bispos brasileiros em julho –, há pouco a se fazer hoje, para se inserir em um mundo de feridos que necessitam de compreensão, perdão e amor”. Necessitamos de uma Igreja, acrescentou, “capaz de fazer companhia… capaz de decifrar a noite contida na fuga de tantos irmãos e irmãs”. Necessitamos de uma Igreja “que não tenha medo de entrar na noite deles e que seja capaz de cruzar com o seu caminho”.
Que outra coisa, senão justamente esta, teria impulsionado Francisco a tomar caneta e papel para responder pessoalmente às perguntas de Eugenio Scalfari sobre a fé e sobre a figura de Cristo?
Também é compreensível que haja muita expectativa nos ambientes eclesiásticos e midiáticos em relação às anunciadas reformas estruturais: maior agilidade da Cúria, a urgente, necessária e radical cura dos órgãos financeiros vaticanos, tantas vezes ocasião de contra-testemunhos evangélicos; as nomeações nos dicastérios da Santa Sé. Todas elas reformas necessárias, que devem ter um único critério, como explicava o cardeal Bergoglio em sua intervenção durante as congregações gerais antes do Conclave: o do “bem das almas”.
No entanto, como observou o padre Federico Lombardi, este aspecto das “chamadas reformas de estrutura” (tão discutidas entre os especialistas do setor) não deve ser menosprezado. Porque, como disse Lombardi à Rádio Vaticano, “o que conta é o coração da reforma perene da vida da Igreja, e neste sentido o Papa Francisco, com o exemplo, com sua espiritualidade, com sua atitude de humildade e proximidade, quer aproximar-nos de Jesus, quer converter-nos em uma Igreja peregrina, que está perto da humanidade de hoje, em particular da humanidade que sofre e necessita mais do que ninguém da manifestação do amor de Deus”.
É justamente esta atitude de “humildade e de proximidade”, esta volta ao essencial da fé cristã e à radicalidade evangélica, a marca que caracteriza estes primeiros seis meses. Uma atitude que dá a força e a credibilidade necessárias a mensagens como aquela em que pedia a paz na Síria, que deu lugar a um evento extraordinário, sem precedentes, como a vigília de 07 de setembro. Com o Papa que rezou durante quatro horas na Praça São Pedro, aos pés do ícone mariano “Salus Populi Romani” e depois na adoração eucarística.
A reportagem é de Andrea Tornielli e publicada no sítioVatican Insider
Original em Italiano: link: http://vaticaninsider.lastampa.it/vaticano/dettaglio-articolo/articolo/francesco-francis-francisco-27820
 
Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CNBB divulga material da Campanha para Evangelização 2013

Já estão disponíveis para download no site da Conferência os materiais da Campanha para a Evangelização 2013. O evento tem início na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo em 24 de novembro e se estende até o 3º domingo do Advento. A Coleta Nacional será realizada em 15 de dezembro nas paróquias e comunidades do Brasil. O resultado é todo direcionado para os trabalhos de evangelização, nos vários níveis: diocesano (45% do total arrecadado), regional (20%) e nacional (35%).
“A campanha existe para arrecadar recursos para os projetos de evangelização, sendo importante para a sustentabilidade dessas ações na Igreja. Também busca atender as estruturas eclesiais que estão a serviço da missão evangelizadora. Por isso, é necessário que todos participem para que alcancemos os objetivos esperados”, motiva o secretário executivo da CE 2013, padre Luiz Carlos Dias.
A Campanha para a Evangelização foi instituída pelos bispos em 1997 e realizada pela primeira vez em 1998, com o objetivo de despertar nos fieis o compromisso evangelizador e a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A CE tem o slogan “evangeli.já”, que faz referência a palavra evangelizar. 
O presidente da Comissão Episcopal da Campanha para a Evangelização, dom Murilo Ramos Krieger, explica o lema Eu vos anuncio uma grande alegria!", proposto para este ano. “Queremos que a CE de 2013 seja marcada pela alegria - alegria que nasce do dom que o Pai nos faz de Seu Filho Jesus no Natal; alegria pelo privilégio de termos sido chamados para ser evangelizadores. Por isso, escolhemos como lema da CE de 2013 o anúncio dos anjos aos pastores de Belém”.
Fonte: www.cnbb.org.br

Amor pelo povo e humildade: as características de quem governa, segundo Papa Francisco

O serviço da autoridade foi o tema da homilia pronunciada esta manhã pelo Papa Francisco na missa presidida na capela da Casa Santa Marta.
Comentando o trecho do Evangelho em que o centurião pede a Jesus que cure o seu servo e a carta de São Paulo a Timóteo, com o convite a rezar pelos governantes, o Papa falou das características indispensáveis que um político deve ter: humildade e amor pelo povo.
“Um político que não ama pode, no máximo, colocar um pouco de ordem, mas não governar”, disse Francisco, citando Davi, que amava seu povo a ponto de pedir que o Senhor o punisse depois do pecado de numerar o seu povo:
Não se pode governar sem amor ao povo e sem humildade! E todo homem e mulher que assume um cargo de governo, deve fazer duas perguntas: “Eu amo o meu povo para servi-lo melhor? Sou humilde e dou ouvidos a todos, ouço várias opiniões para escolher o melhor caminho?”. Se estas perguntas não são feitas, não será um bom governo. O governante homem ou mulher que ama seu povo é uma pessoa humilde.
Já São Paulo exorta todos os governados a rezarem por todos aqueles que estão no poder, para que possamos ter uma vida calma e tranquila. Os cidadãos, disse o Papa, não podem se desinteressar da política:
Nenhum de nós pode dizer “não tenho nada a ver com isso, eles governam...” Ao invés, eu sou responsável pelo seu governo e devo dar o melhor de mim para que eles governem bem e participar da política dentro das minhas possibilidades. A política – afirma a Doutrina Social da Igreja - é uma das formas mais altas de caridade, porque serve ao bem comum. Eu não posso lavar minhas mãos. Todos devemos oferecer algo!
Existe o hábito de somente falar mal dos governantes e criticar o que está errado. Assiste-se ao noticiário na televisão, lê-se o jornal, e as críticas são contínuas. Fala-se sempre mal e contra. Talvez, disse o Pontífice, o “governante seja sim um pecador, como Davi, mas eu devo colaborar com a minha opinião, com a minha palavra, e também com a minha correção”, porque todos “devemos participar do bem comum!”. E quando “muitas vezes ouvimos que um “bom católico não entra na política”, isso não é verdade:
Um bom católico se empenha na política oferecendo o melhor de si, para que o governante possa governar. Mas qual a melhor coisa que podemos oferecer aos governantes? A oração! É aquilo que Paulo diz: “Oremos por todos os homens, pelo rei e por todos os que estão no poder”. “Mas, Padre, aquela é uma má pessoa, tem que ir para o inferno …”. Reza por ele, por ela, para que possa governar bem, para que ame o seu povo, para que sirva à população, para que seja humilde!
Um cristão que não reza por seus governantes, disse ainda Francisco, não é um bom cristão! Se uma pessoa é má, “reze para que se converta!”. “Rezemos pelos governantes para que governem bem, para que levem avante nossa pátria, nossa nação e também o mundo, que exista paz e o bem comum.”

Fonte: www.news.va

Nova ferramenta disponível



 
Uma nova ferramenta está disponível em nosso Blog. O objetivo é criar um espaço de interatividade maior entre os nossos leitores, para que possam apresentar suas opiniões, comentários sobre nossas matérias, sugestões, dicas, etc.


O Mural de Mensagens foi criado, principalmente, para você nos ajudar a desenvolver um Blog com conteúdo, que atenda as suas expectativas e que também fale diretamente ao seu coração. Com este intuito, o que você gostaria de ler? Quais os temas que gostaria que fossem abordados?

Nós somos o ministério de música – Cavaleiros do Altíssimo, servindo a Jesus Cristo com a missão de evangelizar através da arte. Temos compromisso paroquial todo o 1º, 2º, 3º e 5º domingo, às 10h, na Paróquia São José da Diocese de São Miguel Paulista. Também assumimos a animação do Grupo de Oração, Jesus Adolescente, que acontece toda quarta-feira, a partir das 19h30 com a oração do santo Terço.

Com o tempo de caminhada, completamos 10 anos de ministério recentemente, percebemos que antes de ser bom músico é preciso ser bom cristão. Por isso, este Blog tem espaço para notícias atuais sobre o que acontece em nossa Igreja.

Peçamos ao Senhor a graça de ser como Davi, cheio da sua unção, capaz de expulsar todo o mal e acalmar os corações aflitos através do ministério de música. Que este trabalho realizado pelo Blog possa alcançar aqueles que mais precisem.

Contamos com o seu apoio. Bendito seja Deus para sempre!


“Em tudo amar e servir”, Santo Inácio de Loyola.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Madre Teresa recebe homenagem da ONU

Na recordação do aniversário da morte da madre Teresa de Calcutá, a assembleia geral das Nações Unidas escolheu 5 de Setembro como Dia internacional da caridade, celebrado este ano pela primeira vez. Como Pontifício Conselho alegramo-nos com esta iniciativa e unimo-nos a um número infinito de pessoas em todo o mundo ao recordar a beata e ao louvar a Deus pelo eloquente testemunho de amor que deu à Igreja e a toda a família humana. O reconhecimento da pessoa e da obra da madre Teresa por parte da comunidade internacional é também um convite para nós a continuar a dar este testemunho de amor e quantos estão em necessidade.

Como todos podemos constatar, nas palavras e nos fatos, o Papa Francisco tem um amor especial para com os pobres e os sofredores. De facto, desde o início do seu pontificado, sempre nos encorajou, com o seu exemplo e ensinamento, a procurar ser «uma Igreja pobre para os pobres». Convidou a Igreja a sair de si mesma e a deslocar-se às periferias: do mistério do pecado, do sofrimento, da injustiça, da ignorância e da indiferença religiosa, do pensamento, de qualquer forma de miséria. No contacto diário com estas periferias, a Igreja está chamada a levar salvação e amor através do seu serviço caritativo.

Por nosso lado desejamos prestar homenagem também ao serviço e à dedicação de tantas pessoas e instituições generosas. Sobretudo, estamos gratos aos muitos homens e mulheres que dedicaram a própria vida às obras de misericórdia nas partes mais pobres do mundo. Desempenhando a sua obra de caridade, testemunham que Deus ainda ama o mundo e que, através delas, comunica o seu amor e a sua compaixão pelos pobres.

Obediente ao mandamento de Cristo, a Igreja está chamada a dar testemunho do amor de Deus através da prática da caridade. Com efeito, desde os primórdios, o serviço da caridade para com os pobres foi sempre uma das atividades fundamentais da Igreja, juntamente com a administração dos sacramentos e a proclamação da Palavra. Através deste tríplice múnus, a Igreja tem a missão de tornar todos os homens e mulheres participantes da natureza divina do Deus que é amor. A Igreja afirma que a razão de ser da sua missão de caridade são Jesus Cristo e o testemunho do seu amor, prestado no serviço aos pobres. Do mesmo modo, a madre Teresa de Calcutá encontrou sempre inspiração e força em Jesus. A sua vida, o seu testemunho de amor, brotava das lições que o Senhor lhe dava na oração e na contemplação da sua vida e do seu ensinamento. Com o seu serviço de caridade, a religiosa não queria simplesmente fornecer assistência humanitária ou mudar estruturas sociais. Ao receber o prêmio Nobel, a 11 de Dezembro de 1979, afirmou claramente: «Não somos verdadeiros agentes sociais. Talvez aos olhos do povo desempenhamos um trabalho social, mas na realidade somos contemplativas no coração do mundo; com efeito tocamos o corpo de Cristo vinte e quatro horas por dia».

Todas as vezes que olhamos para a imagem da madre Teresa, é-nos recordado que «o amor – cáritas – será sempre necessário, até na sociedade mais justa. Não há ordenamento estatal algum justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor. Quem quiser desfazer-se do amor dispõe-se a desfazer-se do homem enquanto homem. Haverá sempre sofrimento que necessita de consolação e de ajuda. Haverá sempre solidão. Haverá sempre também situações de necessidade material nas quais é indispensável uma ajuda em sintonia de um amor concreto pelo próximo» (Deus cáritas est, 28).

A caridade cristã está sempre ao serviço do bem integral de cada ser humano, sem distinção de religião ou raça. A prática da caridade cristã não conta só com a competência profissional, nem se contenta com um compromisso impessoal. O nosso empenho dá-se com um «coração que vê» além das necessidades materiais. Nos pobres que servimos, procuramos ver a inteireza e a integridade quando estão diante de Deus. A madre Teresa é um exemplo convincente do facto que esta sensibilidade não prejudica a eficiência. 

No serviço aos mais pobres entre os pobres, a sua fé via além das necessidades materiais deles. Certa vez disse: «Deus identificou-se a si mesmo com o faminto, o enfermo, o nu, o desabrigado; fome não só de pão, mas também de amor, de cuidados, de consideração por parte de alguém; nudez não só de vestuário, mas também daquela compaixão que só poucos sentem por quem não conhecem; falta de lar não só pelo facto de não possuir um abrigo de pedra, mas por não ter ninguém que possa considerar próximo». Esta iniciativa das Nações Unidas exorta-nos a ser sempre fiéis à herança espiritual que nos deixou a beata Teresa de Calcutá.


Robert Sarah, Cardeal presidente do Pontifício Conselho Cor Unum
L’Osservatore Romano
Fonte: www.news.va  

Contemplar Jesus manso e sofredor

Não é fácil para os cristãos viver segundo os princípios e as virtudes inspirados por Jesus. «Não é fácil – disse o Papa na missa celebrada na manhã de 12 de Setembro em Santa Marta – mas é possível»: basta «contemplar Jesus sofredor, a humanidade sofredora» e levar «uma vida escondida com Jesus em Deus».
A reflexão do Santo Padre foi inspirada pela celebração da memória litúrgica do nome de Maria. «Hoje festejamos o onomástico de Nossa Senhora. Outrora, esta festa chamava-se o doce nome de Maria e hoje na oração pedimos a graça de sentir a força e a doçura de Maria. Depois mudou, mas na oração permaneceu esta doçura do seu nome. Hoje precisamos da sua doçura para entender o que Jesus nos pede, um elenco difícil de viver: amai os inimigos, fazei o bem, emprestai sem nada esperar, oferecei o outro lado do rosto a quem vos fere... Situações fortes! Mas tudo isto foi vivido por Nossa Senhora: a graça da mansidão».
«O apóstolo Paulo insiste sobre este tema: “Irmãos, escolhidos por Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de ternura, bondade, humildade, mansidão e magnanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros” (Cl 3, 12-17)». Sem dúvida, observou o Pontífice, pede-se-nos muito e por isso a primeira pergunta é: «Como posso fazer isto? Como me preparo para o fazer? O que devo estudar para o fazer?». Para o Papa, a resposta é clara: «Com o nosso esforço não podemos fazê-lo. Só uma graça pode fazê-lo em nós. O nosso esforço é necessário, mas insuficiente».
«Nestes dias, Paulo falou-nos muitas vezes de Jesus como totalidade e esperança do cristão, porque é o esposo da Igreja e infunde esperança para ir em frente, como vencedor sobre o pecado e a morte». A este propósito, o apóstolo ensina-nos algo: «Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo triunfador; Ele está à direita de Deus. Dirigi o pensamento para as coisas do alto... Com efeito, estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus».
Eis «o caminho para fazer o que o Senhor nos pede: esconder a nossa vida com Cristo em Deus». E isto deve renovar-se em cada atitude diária, pois só se dirigirmos o coração e a mente para o Senhor, «triunfador sobre o pecado e a morte», podemos fazer o que Ele nos pede. Mansidão, bondade, ternura e magnanimidade são as virtudes necessárias para seguir o caminho indicado por Cristo. Recebê-las é «uma graça que brota da contemplação de Jesus». Não foi por acaso que os nossos pais e mães espirituais nos ensinaram como é importante contemplar a paixão do Senhor.
«Só contemplando a humanidade sofredora de Jesus, podemos ser mansos como Ele. Não há outro caminho». Sem dúvida, deveríamos esforçar-nos por «procurar Jesus, pensar na sua paixão, no seu sofrimento, no seu silêncio manso». Este deve ser o nosso esforço; «Ele pensará no resto e dar-nos-á o que nos falta. Mas nós devemos esconder a nossa vida com Cristo em Deus». Portanto, para ser cristão é necessário contemplar sempre a humanidade de Jesus, o homem que sofre. «Como dar testemunho, não odiar o próximo, não tagarelar contra os outros? Contemplando Cristo sofredor»; estas são as mesmas virtudes do Pai, «bom, manso e magnânimo, que nos perdoa sempre», e de Nossa Senhora, nossa mãe. Não é fácil, mas é possível.
Fonte: L’Osservatore Romano

Papa Francisco: promover a família é para o bem de todos

"Evidenciar o laço que une o bem comum à promoção da família fundada no matrimônio": são os votos do Papa Francisco dirigidos aos participantes da 47ª Semana Social dos católicos italianos, aberta nesta quinta-feira em Turim.
Na mensagem, endereçada ao arcebispo de Gênova e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, o Santo Padre recorda que a família é uma escola privilegiada de generosidade que educa a superar uma certa mentalidade individualista que se afirmou em nossa sociedade.
"A família, esperança e futuro para a sociedade italiana" é o tema desta Semana Social, mas – recorda o Papa – a família é mais que um tema, é vida, "é caminho de gerações em que se transmitem a fé junto com o amor", "é fadiga, paciência, e também projeto, esperança, futuro".
E tudo isso se torna fermento todos os dias na massa da sociedade inteira para o seu maior bem comum. O futuro da própria sociedade está radicado nos jovens e nos anciãos, que são a memória viva.
"Um povo que não cuida dos anciãos e das crianças e dos jovens – afirma não tem futuro, porque maltrata a memória e a promessa."
O Papa reitera que a Igreja oferece "uma concepção da família, que é a do livro do Gênesis, da unidade na diferença entre homem e mulher" e como tal "merece ser concretamente apoiada".
E as consequências das escolhas culturais e políticas, que concernem à família, atingem os vários âmbitos da vida de um país: do problema demográfico às outras questões relacionadas ao trabalho, até a própria "visão antropológica subjacente da nossa civilização".
O ponto central da mensagem de Francisco é ressaltar que "promover" a família "é trabalhar em prol de um desenvolvimento equânime e solidário". De fato, a família é "escola privilegiada de generosidade, de partilha, de responsabilidade, escola que educa a superar uma certa mentalidade individualista que se afirmou em nossas sociedades".
O Pontífice não ignora "o sofrimento de tantas famílias" devido à falta de trabalho ou aos conflitos internos, ou mesmo aos falimentos da experiência conjugal e a todos expressa a sua proximidade, mas recorda também o testemunho simples de tantas famílias "que vivem a experiência do matrimônio e do ser pais com alegria", "sem medo de enfrentar também os momentos da cruz que – diz –, vivida em união com a do Senhor, não impede o caminho do amor, mas, pelo contrário, pode torná-lo mais forte".
Francisco recorda também a figura do Beato Giuseppe Toniolo, que faz parte daquela fileira de católicos leigos que, apesar das dificuldades de seu tempo, souberam percorrer caminhos profícuos "para trabalhar na busca e na construção do bem comum", ressaltando que o exemplo deles "constitui um encorajamento sempre válido para os católicos leigos de hoje a, por sua vez, buscar caminhos eficazes para a mesma finalidade".
Por fim, faz votos de que esta Semana Social possa contribuir "de modo eficaz para evidenciar o laço que une o bem comum à promoção da família fundada no matrimônio, acima de preconceitos e ideologias". (RL)

Fonte: www.news.va
 

O que eu canto reflete o que eu vivo?

O Canal da Música convidou o missionário Emanuel Stênio, nesta semana, para falar sobre a música em sua vida. O cantor, que já foi colunista desta página, volta a escrever para o canal e conta como suas canções refletem aquilo que ele vive. 

Confira, abaixo, o testemunho de Emanuel:
É uma alegria, mais uma vez, escrever para o Canal da Música. Para retomar este trabalho, foi-me feita uma pergunta interessantíssima: "O que eu canto reflete o que eu vivo?". Podemos extrair várias respostas desse belo questionamento, mas quero me deter em alguns pontos:

Diz Santo Agostinho que "cantar é rezar duas vezes". Contudo, se não cantarmos com a alma, se não permitirmos que a música invada nosso coração, estaremos sendo incoerentes.


Na realidade, se rezamos "da boca pra fora" não tocaremos o coração de Deus. De igual maneira, se cantamos por cantar, o nosso canto também não tem eficácia. Sei que é um grande desafio cantar o que se vive e viver o que se canta, mas é preciso que tenhamos a coragem de fazê-lo. 

Quando estava aprendendo a tocar violão, logo no início, quando havia comprado a minha primeira revista de cifras, um amigo do meu pai, que tocava violão, disse-me: “Cuidado para não ser papagaio!”. Ele me explicou que eu deveria aprender a tocar violão de forma que não ficasse preso à ‘decoreba’ das partituras, mas que pudesse aguçar meus ouvidos para tocar com a alma.

Esse ensinamento me ajudou não somente a tocar, mas também a cantar, pois fui aprendendo que precisava pôr vida e acreditar no que estava ministrando. Não podemos ser apenas "garçons", servir sem provar, mas dar aquilo que transborda em nós. Em outras palavras, devemos experimentar a eficácia daquela canção em nossas vidas de forma que, ao cantarmos, ela possa também produzir frutos na vida daqueles que a escutam. 

É certo que os compositores, na grande maioria das vezes, compõem suas músicas a partir da sua vida, da sua espiritualidade. Isso precisa continuar acontecendo, pois somente dessa maneira a canção terá eficácia.
Na Santa Missa, no seu grupo de oração, nas reuniões de pastorais, nos shows... Enfim, sempre que você tiver de cantar, cante com a vida, com a alma, experimente a beleza daquela canção, faça dela sua oração e, certamente, as pessoas que o ouvirem cantar ou tocar também sentirão o mesmo poder de Deus.

Peçamos essa graça ao Senhor.
Deus abençoe você!

Emanuel Stênio
.:Twitter: @emanuelstenio
Facebook: emanuelstenio
Fonte: www.cancaonova.com

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Palavra de Deus na vida do músico

Setembro é o mês da Bíblia. Logo que tomei consciência disso, fiz uma autoavaliação do meu relacionamento com a Palavra e cheguei à conclusão de que era hora de retomá-la.
Lembrei do início da minha caminhada quando recebi o batismo no Espírito Santo. O primeiro “sintoma” foi uma necessidade da Palavra como eu nunca tinha experimentado. 


Nesse tempo, quem me guiou foi o método “A Bíblia foi escrita pra você”, de monsenhor Jonas Abib. Então, resolvi ler esse livro novamente. Hoje, com a edição revisada, a obra se intitula “A Bíblia no meu dia a dia”.
Logo nas primeiras páginas, monsenhor Jonas diz:

“Graças a Deus não posso negar: a Bíblia faz parte da minha vida. Ela se tornou carne da minha carne e osso dos meus ossos. Eu comi, mastiguei, digeri, ruminei, assimilei a Palavra de Deus como um alimento. Hoje, ela é como o sangue que corre em minhas veias”.


Se Deus fez isso com o padre, pode fazer comigo e com você. A nossa parte é ler, conhecer, ruminar, assimilar e principalmente viver mais a Bíblia. Não temos noção do que Deus pode fazer em nós e de nós por meio da Palavra.

Em 1977, padre Jonas apresentou aos jovens do Catecumenato seu método, ainda de forma oral, sem nada impresso. Em consequência disso, um ano depois ele desafiou aqueles jovens à vida em comunidade; assim nascia a Canção Nova. Imagine o que um ano de fidelidade à Palavra pode fazer com você!

Pode ser que sua vocação não seja estar em uma comunidade de vida como a Canção Nova, mas, com certeza, em sua vida existem potencialidades que você mesmo desconhece e que a Palavra quer iluminar, quer trazer à tona.

Não podemos estacionar, acomodarmo-nos com o que somos hoje, porque Deus quer sempre mais de nós, Ele tem sempre algo a mais a revelar de Si para nós, e a Palavra é o meio ideal para essa descoberta a cada dia, e precisa ser todos os dias, pois mesmo quando não temos vontade, Deus vê a nossa fidelidade.

Termino com mais um trecho do livro, que é um livro pequeno, simples, fácil de ler e barato. Não faço uma propaganda, mas lhe indico um mapa do tesouro. E que não fique só para você! Reúna seus amigos, sua família, seu grupo de oração para estudar e partilhar juntos. Você não faz ideia das graças que o esperam.

“Em tempo de guerra, é necessário ser guerreiro; e o guerreiro precisa saber usar suas armas, pois, do contrário, será alvejado pelo inimigo. Sem esse conhecimento, ele corre riscos e põe em perigo toda a sua tropa”.

Ana Lúcia
Missionária da Comunidade Canção Nova e cantora do Ministério Amor e Adoração

Fonte: www.cancaonova.com

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dia mundial para prevenção do Suicídio

Um dia Invisível
Hoje é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Faz diferença para você? É possível que não. Aliás, essa também é uma data ignorada pela maioria dos veículos de comunicação de massa, que não deverão mencioná-la hoje.

Mas esse é um dia muito importante para a Organização Mundial da Saúde, que estabeleceu essa data e vem tentando – ao que parece sem muito sucesso – sensibilizar jornalistas e comunicadores para a importância do tema. O que está em jogo, segundo a OMS, é abrir espaço nas mídias para informações que podem efetivamente salvar vidas. O tema pode ficar mais em evidência com a notícia que envolve o ex-baixista do grupo Charlie Brown Jr, Champignon, encontrado morto ontem.

Os números da Organização Mundial da Saúde são impressionantes:
- a cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas morrem em todo mundo por suicídios;
- um crescimento de 60% nos últimos 45 anos;
- para cada caso consumado de suicídio há 20 tentativas;
- embora tradicionalmente o número de suicídios seja maior entre idosos, verifica-se o aumento da incidência de óbitos por esta causa entre os mais jovens.


A informação mais surpreendente, entretanto, é que o suicídio é prevenível em 90% dos casos.
O mais completo estudo da OMS já realizado sobre o assunto (do qual participou o psiquiatra brasileiro, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e consultor da OMS, José Manoel Bertolote) analisou o histórico de 15.629 suicídios em diversas partes do mundo. De cada 10 casos analisados, 9 estavam relacionados a alguma patologia de ordem mental diagnosticável e tratável, como transtornos de humor (depressão), transtornos relacionados ao uso de substâncias, transtornos de personalidade, esquizofrenia etc. Ou seja, através desse levantamento, foi possível estabelecer “inequivocamente, um elo entre dois grupos de fenômenos: comportamento suicida e doença mental”.

O entendimento dos especialistas é o de que a informação clara e objetiva pode salvar vidas, tal como já acontece em campanhas de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, câncer, doenças do coração, dengue etc.

O problema é o tabu. Disseminou-se pelas redações a idéia de que toda e qualquer referência a “suicídio” terá o poder de fomentar o aparecimento de novos casos. Não é bem assim. A OMS e a Associação Brasileira de Psiquiatria lançaram manuais especialmente dirigidos aos profissionais de imprensa informando, entre outras coisas, que “dependendo do foco dado a uma reportagem, pode haver aumento no número de casos de suicídio, ou, ao contrário, pode-se prestar ajuda a pessoas que se encontram sob risco de suicídio”.

Ao justificar a ideia de um manual, os responsáveis explicam que o objetivo é “fomentar a parceria entre psiquiatras e profissionais da imprensa, com a meta de informar e, sempre que possível, auxiliar a população exposta ou sob risco de suicídio”. Dentre as sugestões propostas, recomenda-se que o suicídio não seja enaltecido nem tomado como ato de coragem, num processo de “romantização” do ato, ou de “heroicização do falecido”; mostrar a história de pessoas que contaram com a ajuda certa na hora certa para evitar o suicídio, enumerar os sinais de alerta de que uma pessoa está em risco de suicídio e o que fazer para ajudá-la, revelar as estratégias de prevenção e ouvir profissionais de saúde mental, entre outras dicas.

Ao vedar toda e qualquer informação sobre suicídio – sob o pretexto de estar fazendo a coisa certa – os veículos de comunicação acabam contribuindo para o agravamento das estatísticas.
Graças a essa enorme desinformação de quem trabalha justamente com notícias, poucos de nós sabemos que o suicídio é caso de saúde pública no Brasil (segundo o Ministério da Saúde) e no mundo (de acordo com a própria OMS). Estima-se que no Brasil aproximadamente 26 óbitos por suicídio sejam registrados a cada dia.

De acordo com a última edição do “Mapa da Violência”, um amplo levantamento das mortes por homicídio, acidentes de trânsito e suicídios no Brasil, a taxa de suicídios no Brasil passou de 4,3 para 5,1 por 100 mil habitantes (na população total) e de 4,9 para 5,1 por 100 mil (entre os jovens). Se no ranking mundial, estamos aparentemente bem situados na posição de nº 73, muito atrás de países como Lituânia, Japão ou Bélgica, alguns estados brasileiros registram taxas extremamente preocupantes de autoextermínio, como Roraima e Rio Grande do Sul. As causas são difusas e ainda estão sendo mapeadas.

“Os suicídios no país vêm aumentando de forma progressiva e constante: a década de 80 praticamente não teve crescimento (2,7%); na década de 90 o crescimento foi de 18,8% e daí até 2011 de 28,3%”, diz o coordenador do Mapa, professor Julio Jacobo Waiselfisz.

Por detrás das estatísticas oficiais, há o problema dos sub-registros – segundo o IBGE, 15,6% dos óbitos em geral não chegam a ser oficialmente registrados – e das subnotificações – de acordo com a Sociedade Brasileira de Psiquiatria, o número correto de suicídios no Brasil pode ser até 30% maior em função do preenchimento impreciso dos atestados de óbitos. Em boa parte dos casos onde se lê “quedas”, “acidentes de trânsito” ou “acidentes com armas de fogo”, o que de fato aconteceu foi suicídio.

Em meio a tantas dificuldades para divulgar a urgência da prevenção do suicídio no Brasil, merece atenção o trabalho realizado há 51 anos pelo CVV.
O Centro de Valorização da Vida realiza um serviço voluntário de apoio emocional e prevenção do suicídio reconhecido como de utilidade pública pelo próprio Ministério da Saúde. Fundado em 1962, o CVV está presente hoje em 18 estados (mais o Distrito Federal) onde mobiliza um exército de 2.200 voluntários que se disponibilizam para ouvir com atenção quem liga procurando ajuda: alguém que deseja conversar, desabafar, compartilhar o que quer que seja. Há também aqueles que pensam em se matar. O voluntário guarda sigilo da conversa e não julga aquele que faz contato.

Pela experiência dos voluntários, a escuta atenciosa já salvou muitas vidas. A experiência do CVV – elogiada por técnicos do Ministério da Saúde como a melhor iniciativa não governamental de prevenção ao suicídio no país – revela os efeitos colaterais de uma sociedade cada vez mais apressada e impaciente, onde a simples oferta de uma escuta amorosa, em boa parte dos casos, faz toda a diferença.

O atendimento se dá pelo telefone 141 (24 horas por dia), ou pessoalmente nos 72 postos existentes no país, ou ainda pela internet através do site da instituição, via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
Toda essa estrutura é mantida pelos próprios voluntários, que recebem aproximadamente 1 milhão de ligações por ano.

Uma iniciativa do CVV lançada na última semana de agosto é o movimento “Isso me faz seguir em frente”, onde diferentes pessoas revelam o que as faz querer viver. “Família”, “meus amigos”, “Deus”, “o sorriso do meu filho”, são muitas as respostas, todas interessantes. Qualquer um pode participar da brincadeira compartilhando o que realmente faz toda a diferença em nossas vidas. Afinal de contas, pra que viver?
“Quem não se comunica, se trumbica”, dizia um dos maiores comunicadores do Brasil, o velho Chacrinha.
Quando a informação pode salvar uma vida, por que não fazê-lo?
Autor: Colunista André Trigueiro
Fonte: G1 
 
Serviço: Centro de Valorização da Vida

É preciso acreditar no Cristo Ressuscitado

Cidade do Vaticano (RV) – Não devemos confundir a virtude da esperança com o otimismo. Foi o que disse o Papa na missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta.
Para um cristão, a esperança é Jesus em pessoa, é a sua força de libertar e refazer uma nova vida. Inspirando-se na Carta de Paulo aos Colossenses, Francisco explicou que o otimismo é uma atitude humana que depende de tantas coisas. Todavia, a esperança é uma virtude de “segunda classe”, a “virtude humilde” se comparada com as virtudes da fé e da caridade. Por isso, pode ser confundida com o bom humor:
Mas a esperança é outra coisa, não é otimismo. A esperança é um dom, é um presente do Espírito Santo. Paulo dirá que é um dom que “jamais decepciona”. Por quê? Porque é um dom que o Espírito Santo nos deu. E Paulo nos diz que a esperança tem o nome: Jesus. Não podemos dizer “Tenho esperança na vida, em Deus”. Se não dizemos “Tenho esperança em Jesus Cristo, pessoa viva, que agora vive na Eucaristia, que está presente na sua Palavra”, não é esperança; é bom humor e otimismo …
A seguir, Francisco comentou o Evangelho, o episódio em que Jesus cura a mão paralisada de um homem, suscitando a reprovação de escribas e fariseus. Com o seu milagre, observou o Papa, Jesus liberta a mão da doença e demonstra a quem o critica que o caminho deles não é o da liberdade. “Liberdade e esperança caminham juntas: onde não há esperança, não há liberdade”, afirmou o Pontífice. Que acrescentou: “Jesus liberta da doença, do rigor e refaz aquele homem e quem não acreditou nele:
Jesus, a esperança. Refaz tudo. É um milagre constante. Não somente fez milagres de curas, tantas coisas...eram somente sinais, sinais daquilo que está fazendo agora, na Igreja. O milagre de refazer tudo: o que faz na minha, na tua e na nossa vida. Refazer. E o que ele refaz é justamente o motivo da nossa esperança. E esta esperança não decepciona porque Ele é fiel.
O Papa então citou de modo especial os sacerdotes. “É um pouco triste” – admitiu ele, quando encontra um sacerdote que perdeu a esperança, enquanto é belo encontrar quem chega no final da vida não com otimismo, mas com esperança”. “Este sacerdote está em união com Jesus Cristo, e o povo de Deus precisa de que nós padres ofereçamos este sinal de esperança, vivamos esta esperança em Jesus que refaz todas as coisas”:
O Senhor que é a esperança da glória, que é o centro, que é a totalidade, nos ajude nesta direção: dar esperança, ter paixão pela esperança. E, como disse, nem sempre é otimismo, mas foi o que Nossa Senhora teve no momento das trevas: na noite de Sexta-feira até a manhã do domingo. Aquela esperança; e ela a tinha. E aquela esperança refez tudo. Que o Senhor nos dê esta graça.
Fonte: www.news.va
 

Sem Maria não teríamos Jesus

Sem Maria não teríamos Jesus e sem Jesus não teríamos a salvação, estaríamos perdidos, porque nenhum de nós poderia se salvar. É isso que o demônio desejava. No entanto, ele não imaginava que Deus tinha um projeto guardado em seu coração: fez Maria imaculada. Esse era o plano do Pai, pois para que o Seu Filho se fizesse homem, era preciso que alguém lhe oferecesse a carne. Embora pudesse criá-la para Seu Filho, Ele não o quis.

O Pai desejou que, como toda criatura humana, Jesus tivesse uma mãe, que fosse concebido, gerado, dado à luz. A primeira criatura pensada pelo Pai foi a Mãe para o Seu Filho. Eis uma realidade muito importante para nós cristãos.

Desde o momento em que Deus concebeu que Seu Filho viria ao mundo e se faria homem, o primogênito de uma multidão de irmãos, Ele quis que Cristo tivesse uma mãe. Assim, a primeira das criaturas a ser pensada por Deus foi a Mãe de Jesus. Foi Maria, a mulher que o Senhor concebeu para ser a Mãe de Jesus.


Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o nascimento de Maria?
Vede para que nasceu. Nasceu para que d'Ela nascesse Deus. (...)
Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
Perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
Perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
Perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
Perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
Perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança.
Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz;
os desencaminhados, para Senhora da Guia;
os cativos, para Senhora do Livramento;
os cercados, para Senhora da Vitória.
Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
Os navegantes, para Senhora da Boa Viagem;
Os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso;
Os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte;
Os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus"

(Sermão do Nascimento da Mãe de Deus).


Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Fonte: www. cancaonova.com
 

Sacramento do Matrimônio é a imagem da união de Cristo com a Igreja

Cidade do Vaticano (RV) – O Sacramento do matrimônio é a imagem da união de Cristo com a Igreja: este foi o tema da homilia do Papa Francisco na capela da Casa Santa Marta.
Partindo do trecho do Evangelho em que Jesus responde aos escribas, o Papa nota que o Senhor faz várias referências a esta imagem do esposo. 


Jesus, disse ele , fala da sua relação com a Igreja como núpcias. “Creio que este seja o motivo mais profundo pelo qual a Igreja preserva tanto o Sacramento do matrimônio, porque é justamente a imagem da união de Cristo com a Igreja.” O Papa então discorreu sobre duas atitudes com as quais o cristão deveria viver essas núpcias: antes de tudo, com alegria, porque é uma grande festa:
“O cristão é fundamentalmente jubiloso. No final do Evangelho, quando trazem o vinho, quando fala do vinho, penso nas bodas de Caná: e por isso Jesus fez aquele milagre; Maria percebeu que não tinha mais vinho, mas sem vinho não há festa.... Já pensou terminar as bodas tomando chá ou suco: não dá... é festa e Nossa Senhora pede o milagre. E assim é a vida cristã, alegre, alegre de coração.”
Certamente há momentos de cruz, de dor, mas há sempre aquela paz profunda do júbilo”. A Igreja se une com o Senhor como uma noiva com seu noivo e, no final do mundo, a festa será definitiva”. A segunda atitude a encontramos na parábola das núpcias do filho do rei. Todos foram convidados, bons e maus. Mas quando a festa tem início, o rei olha para quem não tem as vestes nupciais:
"'Nós temos uma ideia…. mas, padre, como assim? Eles se encontram no cruzamento das estradas e se pede a eles a veste nupcial? O que significa isto?'. É muito simples! Deus nos pede somente uma coisa para entrar nesta festa: a totalidade. O Esposo é o mais importante; o Esposo preenche tudo! E isso nos leva à primeira Leitura, que nos fala tão fortemente da totalidade de Jesus, o primogênito de toda a criação. Nele foram criadas todas as coisas, por meio d’Ele e em vista d’Ele! Ele é o centro, tudo."
Jesus – acrescentou – “é também a cabeça do Corpo da Igreja; Ele é o princípio. E Deus deu a Ele a plenitude, a totalidade, para que n’Ele sejam reconciliadas todas as coisas”. Se a primeira atitude é a festa – disse o Papa –, “a segunda é reconhecer Ele como o único”. Ele nos pede somente isto: que O reconheçamos como o único Esposo”. Ele “é sempre fiel e pede a nós fidelidade”. Não podemos servir a dois Senhores: ou se serve a Deus ou se serve ao mundo:
“Esta é a segunda atitude cristã: reconhecer Jesus como o tudo, o centro, a totalidade. Mas sempre teremos a tentação de jogar fora esta novidade do Evangelho, este vinho novo em atitudes velhas… Os odres velhos não podem levar o vinho novo. É a novidade do Evangelho. Que o Senhor nos dê, a todos nós, a graça de ter sempre esta alegria, como se fôssemos ao casamento. E também ter esta fidelidade ao único esposo, que é o Senhor”.

Fonte:  http://www.news.va

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dia de Jejum e de Oração com o Papa Francisco

O Diretor-geral Mundial delegado para o Apostolado da Oração (AO) e o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), Pe. Claudio Barriga, SJ, pede aos Associados do AO e do MEJ para intensificar as orações pela paz, no próximo sábado, 7 de setembro, "Dia de Jejum e de Oração", convocado pelo Papa Francisco: "Queridos amigos do AO e do MEJ, peço que divulguem para o maior número de pessoas, a todo o seu grupo, para que oremos e jejuemos com o Papa".

De acordo com o Secretário Nacional do AO-MEJ, Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ, esse dia será estendido para todo o mundo e para todas as pessoas de paz, católicas ou não. "Quero reforçar o pedido do nosso Diretor-geral, Pe. Claudio. É um momento muito delicado que o mundo vive, após os atentados na Síria, mas nós cremos na Palavra de Jesus, que diz: 'Eu vos deixo a paz; dou-vos minha paz' (Jo 14,27)."

"Nós apostamos na força do amor e não acreditamos que a violência possa trazer a paz. Rezemos, pois, a Jesus e a Nossa Senhora da Paz, formando uma grande rede de corações em oração e penitência", ressaltou Pe. Otmar.

O Pontífice presidirá a Vigília de oração, na Praça São Pedro, a partir das 19 horas, e convida a Igreja a realizar atividades que propiciem o momento de reflexão durante o dia. 


Reveja o anúncio do Angelus* realizado no domingo, 1º de setembro:
*(Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/angelus/2013/documents/papa-francesco_angelus_20130901_po.html).
Vanessa Fonseca 

Fonte: http://www.apostoladodaoracao.com.br 

O ressentimento mata a alma e o corpo

Foto - Blog Canção Nova
'Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. Não vos arvoreis em juízes, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; absolvei, e sereis absolvidos, dai e vos será dado. É uma boa medida, socada, sacudida, transbordante, que derramarão nas dobras da vossa veste, pois a medida de que vos servis, servirá também de medida para vós' (Lc 6, 36-38).
Se perdoamos, seremos perdoados; se condenamos, seremos condenados; se julgamos, seremos julgados.
Quando não perdoamos, fechamos o coração, e acabamos nos fechando a tudo: nos fechamos ao amor e ao perdão.
Tanto quanto Deus é amor, é também perdão. Deus quer sempre perdoar. Se não conseguimos enxergar isto, é porque estamos com o coração fechado.
Quando você não perdoa, está se asfixiando. Não se trata de ter direito de não perdoar, porque foi a pessoa que errou. O direito que você tem é o de viver, não o de morrer.
O ressentimento mata! Mata a alma e o corpo.
Na medida em que acumulamos ressentimento e decepção, vamos perdendo a alegria. No começo parece gostoso cultivar aquele sentimento de autopiedade, porque fomos ofendidos. Mas depois, vamos nos envenenando. Poderemos chegar à morte. Repito: chegar à morte da alma do corpo. E quantos morrem assim...

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Fonte: www.cancaonova.com 

Papa fala do Brasil em audiência geral

Cidade do Vaticano (RV) – Em sua primeira Audiência Geral passados mais de dois meses, o Papa Francisco dedicou sua catequese desta quarta-feira à viagem que fez ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude.
“Passou mais de um mês”, recordou o Papa, “mas considero importante falar deste evento para entender melhor o seu significado”. Antes de tudo, o Pontífice agradeceu a Deus o “presente” de poder voltar ao continente americano e a Nossa Senhora Aparecida, “importante para a história da Igreja no Brasil e na América Latina”, por tê-lo acompanhado durante toda a viagem.
Mais uma vez, agradeceu aos organizadores e às autoridades civis e eclesiásticas e a todos os brasileiros pela acolhida. “Brava gente” esses brasileiros, disse, afirmando ser o acolhimento a primeira palavra que emerge da viagem ao Brasil. Para Francisco, a generosidade das famílias e das paróquias brasileiras que acolheram fraternalmente os peregrinos, superando as dificuldades e inconvenientes, criou uma verdadeira rede de amizade.
A segunda palavra é festa. Ver jovens do mundo inteiro, saudando-se e abraçando-se é um testemunho para todos. Contudo, a JMJ é acima de tudo uma festa da fé: todos unidos para louvar e adorar o Senhor.
O terceiro elemento é a missão. “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” foi o tema da Jornada do Rio. O mandato de Cristo aos seus discípulos foi acompanhado da certeza de que estaria com eles todos os dias. “Isso é fundamental”, disse o Papa, pois somente com Ele nós podemos levar o Evangelho, sem Cristo nada podemos fazer. Com Ele, ao invés, podemos fazer tantas coisas. Mesmo um jovem, que aos olhos do mundo conta pouco ou nada, aos olhos de Deus é um apóstolo do Reino, é uma esperança para Deus! Francisco então se dirigiu diretamente à juventude:
“Saiam de vocês mesmos, de todo fechamento para levar a luz e o amor do Evangelho a todos, até as extremas periferias da existência! Este foi precisamente o mandato de Jesus que confiei aos jovens que lotavam a perder de vista a praia de Copacabana. Um lugar simbólico, a margem do oceano, que lembrava a margem do lago da Galileia.”
Os jovens que estavam no Rio, prosseguiu o Pontífice, não são notícia porque não fazem escândalos e atos violentos. Mas se permanecerem unidos a Jesus, eles constroem o seu Reino, constroem fraternidade e são uma força potente para tornar o mundo mais justo e mais belo para transformá-lo. E Francisco pediu coragem à juventude mundial para assumir o desafio de ser esta força de amor e de misericórdia para mudar a realidade. E concluiu:
“Queridos amigos, a experiência da JMJ nos recorda a verdadeira grande notícia da história, a Boa Nova, mesmo que não apareça nos jornais e na televisão. Acolhimento, festa, missão: que essas não sejam mera lembrança do que aconteceu no Rio, mas sejam ânimo da nossa vida e a de nossas comunidades.”
Na saudação aos peregrinos, aos de língua portuguesa saudou de modo especial os brasileiros, dizendo estar com saudade de sua visita a Aparecida e ao Rio. Aos poloneses, recordou que a próxima JMJ será em Cracóvia.
No final da Audiência, o Papa recordou que sábado próximo será dedicado ao jejum e à oração pela paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro.
“Renovo o convite a toda a Igreja e viver intensamente este dia e, desde já, expresso reconhecimento aos outros irmãos cristãos, irmãos de outras religiões e aos homens e mulheres de boa vontade que quiserem se unir a este momento. Exorto em especial os fiéis romanos e os peregrinos a participarem da vigília de oração, aqui na Praça S. Pedro, às 19h, para invocar do Senhor o grande dom da paz. Que se eleve forte em toda a terra o grito da paz!”
Fonte: http://www.news.va

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Papa faz apelo pela Paz

Reflexão do Papa Francisco no Angelus do domingo,  1º de setembro de 2013
na Praça São Pedro, Roma.

Hoje, queridos irmãos e irmãs,

Queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.

Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência.

Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria.

Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.

O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).

Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade.

Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.

Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.

Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!
Fonte. www.vatican.va