Uma expressão forte que o Papa Francisco usou na manhã de quarta-feira, 23 de Outubro, durante a audiência geral, para afirmar um conceito que lhe está particularmente a peito: «A Igreja não é uma loja» nem «uma agência humanitária», nem «uma Ong». Ela, mais simplesmente, «tem a tarefa de anunciar Cristo e o seu Evangelho a todos».
É esta a Igreja, repetiu, e «não se anuncia a si mesma – se é pequena, grande, forte ou débil» mas «anuncia Jesus». E tem um modelo a seguir: Maria, a «jovem judia que esperava com todo o coração a redenção do seu povo». Maria levou consigo Jesus, quando ainda estava no seu ventre, «a visita que fez a Isabel». Não lhe levou só uma ajuda material, levou-lhe muito mais: «a caridade de Jesus, o amor de Jesus».
«E qual é o amor – o Papa interrogou os fiéis – que levamos aos outros?». É «o amor de Jesus, que reparte, perdoa e acompanha» ou é um amor «baptizado», come fazemos com o vinho «que parece água»?
E prosseguindo de modo improvisado entrelaçou um diálogo com os fiéis: «Como são – perguntou – as relações nas nossas paróquias, nas nossas comunidades? Tratamo-nos como irmãos e irmãs? Ou julgamo-nos, falamos mal uns dos outros, cuidamos cada um dos próprios “interesses”, ou cuidamos uns dos outros?». Estas «são perguntas de caridade», concluiu.
Fonte: L’Osservatore Romano